Um apoiante do grupo de extrema-direita "Proud Boys" que estava acusado de apontar uma arma de fogo e disparar uma bala de tinta a manifestantes antirracistas em Portland, nos Estados Unidos da América, foi detido esta quarta-feira.
A detenção de Alan Swinney, de 50 anos, aconteceu horas depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter dito aos "Proud Boys" para "recuarem e aguardarem", durante o debate presidencial, quando questionado se "supremacistas brancos e grupos militantes" deviam ficar quietos, após confrontos com protestantes antirracistas em várias cidades norte-americanas.
Swinney, que tem "Proud Boy" tatuado no braço direito, foi acusado, a 11 de setembro, de alegadamente ter borrifado gás-pimenta, ter causado danos físicos com uma arma de "paintball" e ter apontado um revólver durante manifestações em Portland, a 15 e 22 de agosto, de acordo com o referendo de acusação.
O arguido está detido na prisão do condado de Multnomah e vai responder por 12 crimes, incluindo agressão e uso ilegal de arma.
Os "Proud Boys", que se declaram "chauvinistas ocidentais", reuniram quase mil apoiantes no sábado, num protesto contra quatro meses de constantes protestos contra o racismo e a violência policial nos EUA.
Constituído apenas por homens, o grupo "Proud Boys" descreve-se como uma organização fraternal que é "anti-politicamente correto". Contudo, oficialmente, são classificados como um grupo de ódio, com base na retórica anti-muçulmana e misógina dos seus membros.