O filho do Presidente dos Estados Unidos da América, Hunter Biden, declarou-se esta terça-feira inocente das três acusações de que é alvo num processo relacionado com a compra e posse de uma arma , numa altura em que era viciado em drogas.
A sessão decorreu no tribunal de Wilmington, no Delawere, e deu início a um processo que alguns analistas consideram poder vir a prejudicar a corrida do pai, Joe Biden, à reeleição presidencial no próximo ano.
O caso pelo qual Hunter, tudo indica, vai ser julgado, remonta a 2018. O único filho ainda vivo do Presidente dos Estados Unidos (o mais velho, Beau, faleceu em 2015, vítima de cancro) adquiriu um revólver Colt Cobra numa loja do Delaware tendo mentido num questionário que é obrigatório preencher sempre que alguém compra uma arma nos EUA.
Na altura, Hunter afirmou não consumir drogas, condição que o teria desde logo impedido de concretizar a compra. Esta mentira constitui um crime federal da qual são deduzidas duas acusações no processo. Cada uma pode resultar numa pena de prisão até 10 anos .
Mais tarde, já em posse da arma, Hunter terá consumido cocaína, o que constitui outro crime, punido com uma pena de prisão até 5 anos.
Em causa estará também uma pena pecuniária que pode ascender a 750 mil dólares , informa a CNN Internacional.
Em junho, o processo parecia estar encaminhado para um acordo entre as partes. Hunter teria de se declarar culpado e garantir que não possuiria armas nem consumiria drogas durante dois anos . No entanto, desenvolvimentos posteriores resultaram na reversão do acordo e na indiciação pelos três crimes.
Os republicanos têm tentado retirar dividendos políticos do caso. O processo está a ser supervisionado por um procurador nomeado por Donald Trump e, caso vá a julgamento, este deve coincidir com a corrida presidencial de 2024, na qual Joe Biden já deu a entender querer participar.