A Associação Portuguesa de Escolas Católicas dá “graças a Deus pelo dom” de Bento XVI “como Papa entre 2005 e 2013, em favor da Igreja e dos homens”.
“No que ao ensino e à educação diz respeito, gostaria de destacar dois aspetos em Bento XVI: um ao nível da sua pessoa, o outro ao nível daquela que me parece ser a ideia central que, do seu magistério, podemos destacar para a educação”, lê-se na nota assinada pelo presidente da direção.
De acordo com Fernando Magalhães, “é imprescindível evocarmos o que Joseph Ratzinger foi em parte substantiva da sua vida: professor. E, a esse nível, ressaltar no seu perfil o melhor que se pode colher para o perfil de um professor: a atenção e proximidade ao aluno, o rigor, a preparação, a solidez, uma visão muito alargada da realidade. E uma enorme paixão por tudo isto fazer: investigar e ensinar”.
“São disso testemunho aqueles que foram seus alunos – recordo-me do professor Henrique Noronha Galvão nos falar de viva-voz destes aspetos daquele que tinha sido seu professor - e é isso também que se deixa entreler a nós que o não fomos, mas que o lemos ou estudámos”, acrescenta.
Já em relação à ideia central para a educação, seja ela católica ou não, o presidente Associação Portuguesa de Escolas Católicas sublinha que “é absolutamente coincidente com uma ideia central do seu magistério: a da afirmação da verdade, em combate ao relativismo”.
“Parece-me de facto que esta foi a principal missão que o Papa confiou à educação: a afirmação da verdade, a afirmação inequívoca de que há uma verdade, em absoluto contraste com a ditadura do relativismo, a ideia de que tudo é relativo”, reforça.
E, segundo Fernando Magalhães, Bento XVI “fez isto até ao fim, com aquele magnífico último parágrafo do seu testamento espiritual, antes das palavras de despedida. “(…) Não vos deixeis confundir. (…) Jesus Cristo é realmente o caminho, a verdade e a vida (…).”
“Rezemos a Deus para que agora ele contemple, sem véus, aquela verdade que tanto desejou, amou e anunciou”, conclui a nota.