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O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, considera que as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS) para usar máscaras em aglomerados populacionais, eventos em espaços exteriores e recreios das escolas, são medidas "contraditórias" e que asfixiam a liberdade.
A DGS recomendou esta quarta-feira o uso de máscara em aglomerados populacionais, eventos em espaços exteriores e no recreio nas escolas.
Questionado pelos jornalistas sobre as recomendações anunciadas por Graça Freitas, Francisco Rodrigues dos Santos, que tem vindo a defender o fim da obrigatoriedade do uso da máscara na rua, reiterou que "mantém a mesma posição".
"Mantenho exatamente a mesma posição, porque todos nós estamos saturados desta asfixia da nossa liberdade. Temos de aprender definitivamente a conviver com este vírus e não é com mais imposições, é com uma responsabilidade por parte da liberdade individual de cada um".
Segundo o líder do CDS-PP, as pessoas têm o direito de reconquistar a sua vida em liberdade.
"Creio que agora temos de aprender a conviver socialmente com este vírus e acreditar que os portugueses serão conscienciosos para se protegerem a si e aos outros. Não é com mais imposições, mas com respeito pela sua autonomia, a sua liberdade individual e não com medidas tantas vezes incoerentes e contraditórias entre si que estão a saturar-nos a todos e a criar uma grande fadiga e mal-estar na nossa sociedade".
Para Francisco Rodrigues dos Santos é altura de colocar um ponto final sobre o uso de máscara na rua.
"Ao início eram necessárias duas semanas para achatar a curva, depois um mês para recuperar o Serviço Nacional de Saúde, depois precisávamos apenas de manter restrições até haver a vacinação, depois era até à imunidade de grupo, e agora mais regras, atrás de regras e imposições sobre os portugueses. Acho que é altura de colocar um ponto final".
A Direção-Geral da Saúde recomendou hoje o uso de máscara em aglomerados populacionais, eventos em espaços exteriores e no recreio nas escolas, disse hoje a diretora-geral, Graça Freitas.
"A transmissão indireta do vírus é por acumulação de aerossóis e obviamente essa via é muito menos eficaz no exterior do que no interior. De qualquer maneira a recomendação vai no sentido de que em aglomerados e em contextos especiais" a máscara deve ser utilizada, avançou Graça Freitas numa audição no parlamento.
Graça Freitas apontou como exemplo em que se justifica o uso da máscara o recreio nas escolas e também em eventos.
A covid-19 provocou pelo menos 4.583.765 mortes em todo o mundo, entre mais de 221,81 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.816 pessoas e foram contabilizados 1.048.941 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.