Depois das queixas dos pais sobre terem de apagar os conteúdos escritos durante o ano nos manuais escolares, João Taborda da Gama diz que tudo se resume a uma questão: os pais preferem apagar ou pagar?
O comentador das terças e quintas-feiras diz não entender a reclamação. “É o chamado ‘first world problems’”, defende.
“Não temos uma cultura em Portugal muito enraizada, por várias razões históricas e culturais e sociais, de partilha e estes mecanismos têm também esta vantagem de obrigar as pessoas a perceber que são meras cuidadoras de um livro e que as têm de entregar a outros e que as têm que entregar no estado mais igual àquilo que receberam”, analisa ainda.
Fernando Medina concorda e acrescenta alguns números que envolvem a medida da gratuitidade dos manuais escolares até ao 12º ano: “cerca de um milhão e 200 mil alunos que passam a ter manuais gratuitos”, num custo anual de “cerca de 150 milhões de euros”.
“Isto só é financeiramente sustentável se houver uma taxa de reutilização com significado”, conclui.
Outro tema em debate foi o estacionamento na zona de Campolide, em Lisboa, onde os moradores dizem que estão a pagar para estacionar mal.
João Taborda da Gama e Fernando Medina concordam em dizer que, antes da entrada da EMEL (Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa), era maior a quantidade de carros mal estacionados.
Mas o presidente da Câmara de Lisboa explica que a solução encontrada para alguns locais (quatro ruas) é temporária.
“Tem a ver com o equilíbrio que é preciso ter até estarem concluídas duas intervenções: requalificação de alguns passeios e construção de 60 lugares adicionais para residentes”, afirma.
“Quando essas duas obras estiverem sido feitas, essa exceção termina”, acrescenta.