O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses mantém a greve marcada para 10 de maio. A garantia foi dada por José Carlos Martins no final do encontro com a ministra da Saúde.
Aos jornalistas, o presidente do sindicato explicou que a equipa da ministra Ana Paula Martins não se comprometeu com soluções para nenhuma das matérias apresentadas e, por isso, não vão esperar pelo próximo encontro, partindo já para o protesto.
O Ministério da Saúde tem estado a receber várias organizações sindicais ao longo desta sexta-feira, depois de, no início da semana, ter-se reunido com as ordens profissionais.
"O Ministério da Saúde e o Governo não se comprometeram a negociar determinadas coisas, como a contagem de pontos", explicou o sindicalista aos jornalistas, acrescentando que também pretendia avançar na negociação sobre alterações à carreira enfermagem. A valorização da grelha salarial, por exemplo, é uma das exigências do sindicato.
O Governo "não assumiu negociar isto", acrescentou José Carlos Martins, considerando-o que "o Ministério da Saúde, o Governo, empurra" os enfermeiros para "a concretização" desta greve.
Lembrando que as equipas ministeriais tomaram posse há 22 dias, recordou, e embora reconheça que é preciso tempo para os dossiers, "há documentação suficiente para que houvesse uma resposta mais célere da parte do Governo e do Ministério da Saúde aos problemas de enfermeiros".
A 18 de abril, a greve dos enfermeiros dos setores privado e social foi desconvocada porque as instituições deram início a negociações, anunciaram cinco sindicatos do setor. Para o SNS manteve-se o pré-aviso, estando o ónus do lado da tutela: se o Ministério da Saúde quiser negociar, também no público a greve será levantada.
Depois do encontro desta sexta-feira, a paralisação continua.