O sonho de Roger Schmidt, de seguir em frente na Liga Europa depois do jogo com o Marselha, expresso na conferência de imprensa que precedeu o desafio do Velódromo, acabou por se transformar num enorme pesadelo, que tudo aponta irá prolongar-se no decorrer dos próximos dias, quiçá dos próximos meses.
Com o Campeonato praticamente entregue ao seu maior rival de sempre, fora da Taça de Portugal, e também sem ter conseguido ter sucesso na Taça da Liga, o Benfica está a chegar ao fim de uma temporada marcada por enorme frustração e com consequências que ainda estão longe de prever.
Em Marselha, o Benfica terá defrontado ontem aquela que era, na fase actual, considerada como a pior das equipas ainda sobreviventes na Liga Europa.
Mas depois de ter ganho no estádio da Luz pela diferença mínima, e face àquilo que se viu de ambas as equipas, ficaram à vista da formação de Roger Schmidt as dificuldades que seguramente iria encontrar no desafio da segunda mão.
Fez um jogo medíocre a equipa lisboeta, permitiu a igualdade na eliminatória, e acabou por sucumbir no desempate por grandes penalidades. Nesse pormenor, a equipa gaulesa foi mais competente e acabou por garantir o acesso às meias-finais da competição, ainda que também não tenha sido capaz de produzir uma exibição de grande qualidade.
Perante o quadro que está patente aos olhos dos benfiquistas, Rui Costa, o seu Presidente, está envolvido numa enorme teia de problemas que vai ter dificuldade em resolver.
Depois de ter gasto mais de cem milhões de euros em contratações, nem todas de qualidade recomendável, o líder encarnado tem agora entre mãos o maior problema, que tem a ver com a manutenção ou não do seu treinador principal.
Não vão ser fáceis os próximos tempos para as bandas da Luz.
No entanto, o Benfica é suficientemente grande e capaz de ultrapassar todas as tempestades.