Rui Rio formalizou, nesta segunda-feira, a sua candidatura à liderança do PSD, entregando na sede do partido as assinaturas necessárias. Foi o diretor de campanha, Salvador Malheiro, que tratou do procedimento, dado o líder social-democrata não se encontrar em Lisboa.
Aos jornalistas, Salvador Malheiro garantiu que há uma forte mobilização em torno da recandidatura de Rui Rio.
“Estamos muito confiantes, estamos com uma energia redobrada que nos é passada, sobretudo, pela militância de base. São muitos e muitos aqueles que se reveem em Rui Rio, sobretudo como aquele que está melhor preparado para exercer o cargo de primeiro-ministro e, portanto, vamos continuar a trabalhar. O sucesso só acontece depois de trabalho”, afirmou.
Renovando a confiança nos resultados, o diretor de campanha lembrou que existe um universo de 46 mil militantes elegíveis para votar nas diretas de sábado, dia 27.
“O universo eleitoral nada tem a ver com os dirigentes concelhios, distritais ou dos núcleos e, portanto, tenho muita esperança e fé de que Rui Rio possa continuar a ser o presidente do partido a partir de dia 27”, reafirmou.
A moção de estratégia de Rui Rio fala numa nova maioria sem linhas vermelhas, numa “estratégia de tentar governar Portugal ao centro e, nesse contexto, prontos para analisar os resultados que acontecerem no dia 30 de janeiro, nunca fechando a porta às forças políticas democráticas e tendo a perfeita consciência de que Portugal precisa de ser libertado dessa extrema-esquerda que tanto tem quartado a dinâmica da nossa economia, absolutamente decisiva para gerar riqueza e dessa forma poder proporcionar melhores condições de vida a toda a nossa classe média”, defendeu ainda.
A dois meses das legislativas, a direção de Rui Rio está já a preparar as listas de deputados. Já se sabe que os cabeças de lista são escolhidos pelo vencedor das diretas, mas os restantes nomes estão já a ser escolhidos.
“O bom senso há-de prevalecer”, diz Salvador Malheiro, sublinhando que “é a comissão política que tem de tratar desse assunto” e confirmando que “já iniciámos esse processo”.
Mais à tarde, é Paulo Rangel que apresenta a candidatura e a moção de estratégia, mas já são conhecidas algumas das ideias – uma delas, a criação de uma agência anticorrupção.