O PSD impõe disciplina de voto a favor na votação dos requerimentos do Chega e da Iniciativa Liberal (IL) para a instalação de uma comissão de inquérito às secretas...
Esta sexta-feira de manhã, a Lusa divulgou um e-mail enviado pelo líder parlamentar dos social-democratas aos deputados do partido em que reforça que essa disciplina de voto é para cumprir.
À Renascença, Joaquim Miranda Sarmento diz que os deputados da sua bancada têm sempre as declarações de voto para manifestarem desagrado e destaca que, se houver desalinhados, será preciso "avaliar as consequências".
"A decisão do voto é uma decisão política da direção nacional do PSD. A liberdade de voto é dada em matérias de consciência, como quando voltámos a votar a lei da eutanásia. Aqui não é uma questão de consciência, é uma questão política, e portanto há disciplina de voto."
Nesta edição do programa São Bento à Sexta, em que se debateu a comissão de inquérito à gestão política da TAP, Eurico Brilhante Dias defendeu que as audições mostraram que foi legal a atuação das secretas na recuperação do computador do Estado que o ex-adjunto de Galamba terá tentado levar consigo do Ministério das Infraestruturas.
Face à postura do líder parlamentar do PS, Miranda Sarmento diz que o PSD mantém que João Galamba faltou à verdade e que é preciso que o Ministério Público avalie as declarações do ministro das Infraestruturas na comissão parlamentar de inquérito.
Com a comissão de inquérito a entrar na reta final, o PS quer agora entrar noutro tipo de debate, em concreto os números da economia e da proposta de Orçamento do Estado, com Eurico Brilhante Dias a avisar o próprio partido de que não poderá apresentar um diploma totalmente expansionista.