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A Direção-Geral da Saúde admitiu, esta quarta-feira, a possibilidade de vir a diminuir o período de isolamento profilático de 14 para 10 dias, tendo em conta aquilo que se tem verificado a nível internacional.
“Há algum consenso à volta do 10.º dia, sobretudo para os doentes, o que seria uma ótima notícia”, disse Graça Freitas, em conferência de imprensa.
A diretora-geral da Saúde revelou que “os peritos de infecciologia da DGS estão a observar os dias que passam desde um eventual contágio, para perceber se, no final do tempo de isolamento, antes mesmo dos 14 dias, a probabilidade de transmitir a outro é muito baixa”.
Nesse caso, Graça Freitas admite que as pessoas possam “cortar” a quarentena ou o isolamento profilático.
“Veremos a melhor evidência, mas era uma boa notícia. Se conseguimos encurtar o período de isolamento, as pessoas retomariam a sua vida mais cedo”, considerou.
No entanto, a diretora-geral da Saúde lembra que que a maior parte dos países ainda não decidiu passar de 14 para 10 dias. E que, mesmo os que passaram, como França, não o fizeram em todos os casos.
“Os franceses encurtaram o isolamento para sete dias em relação aos doentes. Em relação aos contactos desses doentes, testam ao sétimo dia e eventualmente, se o teste for negativo, libertam essa pessoa do isolamento ao 10º dia”, explicou.
Isto acontece porque “é mais fácil seguir percurso de alguém que foi positivo, ou porque tem sintomas ou porque tem um teste, portanto acompanhamos a partir desse dia quando é que começa a deixar de ser contagioso, do que uma pessoa que é contacto de um positivo”, explicou a diretora-geral de Saúde.