A ministra da Saúde, Marta Temido, garante prontidão do INEM e do Serviço Nacional de Saúde para enfrentar eventuais consequências dos incêndios.
À margem da apresentação do relatório do Conselho Nacional de Saúde, Marta Temido disse que a situação vai ser acompanhada em permanência e que os meios estão prontos para o que for necessário garantir.
“Ainda hoje estivemos a trabalhar nesse sentido, designadamente naquilo que é o trabalho do INEM no apoio aos efetivos que estão no terreno a responder aos incêndios, mas também a apoiar aquilo que possam ser as necessidades de saúde na retaguarda.”
“Estamos a postos. Naturalmente, estamos numa situação que é muito preocupante devido à conjugação de fatores nos próximos dias, mas aqui todos temos um papel a desempenhar e é isso que temos que fazer”
Questionada sobre em que consiste o reforço, Marta Temido responde “em prontidão da parte dos serviços de saúde”.
Calor. "Podemos não ter equipas completas em várias urgências"
A Ordem dos Médicos defende que devia ter sido anunciado um plano de contingência para a área da Saúde, para fazer face às temperaturas muito elevadas previstas.
No entender do bastonário Miguel Guimarães, os serviços de urgência deviam ser reforçados tendo em conta que vai haver uma maior afluência de doentes as urgências.
O presidente da Associação dos Administradores Hospitalares, Xavier Barreto, alerta para a possibilidade de não haver profissionais para garantir a resposta nas unidades de saúde para lidar com a atual vaga de calor.
“O principal problema na resposta é a possibilidade de não termos as equipas completas em várias urgências do país. Quando há uma onda de calor é expectável um aumento das idas às urgências, um aumento do número de internamentos, essencialmente decorrente de pessoas mais idosas e de complicações nas pessoas com patologias crónicas que se possam agudizar neste período de maior calor”, afirma Xavier Barreto, em declarações à Renascença.
“Temos que nos preparar para esse aumento da procura nos serviços de urgência e de internamento. O principal problema para essa resposta será a garantia de termos os recursos humanos necessários”, adverte o presidente da Associação dos Administradores Hospitalares..
O Hospital de S. João, no Porto, ativou um plano interno para fazer face ao aumento do número de idosos que já está a recorrer às urgências devido ao calor, apurou a Renascença.
[notícia atualizada às 22h04]