Os Estados Unidos forneceram à ONU dados de que a Rússia está a compilar listas de ucranianos a abater ou a ser enviados campos de detenção, depois da ocupação militar.
Segundo o jornal norte-americano "The Washington Post", a carta foi endereçada à Alta Comissária da ONU para Assuntos Humanos pela embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, que alega que a Rússia está a preparar a tortura, desaparecimentos forçados e sofrimento humano generalizado após a invasão.
As possíveis vítimas serão dissidentes russos e bielorrussos que viajaram para a Ucrânia, jornalistas e ativistas que lutam contra a corrupção, assim como grupos vulneráveis, como minorias religiosas e étnicas.
Já em relação à cimeira entre os presidentes russo, Vladimir Putin, e o norte-americano, Joe Biden, anunciada pela França para neutralizar a crise russo-ocidental em torno da Ucrânia e o perigo de uma invasão russa, o Kremlin considerou esta segunda-feira "prematuro" falar do assunto.
"Existe um entendimento de que devemos continuar o diálogo no nível de ministros (estrangeiros). Falar sobre planos concretos para a organização de cimeiras é prematuro", disse aos repórteres o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
Os líderes da Rússia, Vladimir Putin, e dos Estados Unidos, Joe Biden, concordaram “em princípio”, no domingo, com a realização de uma cimeira sobre a segurança, proposta pelo presidente da França, Emmanuel Macron.
A Presidência francesa indicou num breve comunicado que, em sucessivas conversas telefónica com os dois líderes, Macron propôs que uma cimeira sobre segurança e estabilidade estratégica na Europa seja realizada, primeiro entre Putin e Biden, "e depois com todas as partes envolvidas".