Portugal registou mais 230 mortes e quase 190 mil casos de Covid-19 na semana entre 17 e 23 de maio, indica o boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado esta sexta-feira.
Em comparação com a semana anterior, há mais 38 óbitos e 12.699 casos confirmados.
Segundo o boletim semanal da Direção-Geral da Saúde (DGS), entre 17 e 23 de maio foram registadas 188.970 infeções pelo SARS-CoV-2, responsável pelas infeções por Covid-19.
Em relação à semana anterior, houve mais 12.699 casos de infeção, verificando-se também mais 38 óbitos na comparação entre os dois períodos.
Quanto à ocupação em unidades hospitalares, na última segunda-feira, havia 1.842 pessoas internadas, mais 392 do que na segunda-feira da semana anterior.
Dessas, 99 estavam em unidades de cuidados intensivos, mais 15 do que no passado dia 16.
Segundo o documento, todos as faixas etárias apresentaram uma "tendência crescente" nos internamentos em enfermaria na última semana, sendo expectável que, dada a subida da incidência de novas infeções, se verifique ainda um aumento da procura de cuidados de saúde e da mortalidade, em especial nos grupos mais vulneráveis.
"A mortalidade por todas as causas encontra-se acima dos valores esperados para a época do ano, com um z-score de 2,4, o que indica um excesso de mortalidade por todas as causas, associado ao aumento da mortalidade específica por covid-19", alerta o relatório da DGS e do INSA.
De acordo com a autoridade de saúde, a percentagem de testes positivos para SARS-CoV-2 entre 17 e 23 de maio foi de 51,9%, tendo-se registado um aumento do número de despistes da infeção realizados, que passou de cerca de 355 mil para mais de 367 mil.
Relativamente à linhagem BA.5 da variante Ómicron, mais transmissível e que apresenta mutações com impacto na entrada do vírus nas células ou na sua capacidade de afetar a resposta imunitária, já é responsável por 78,7% das infeções em Portugal, substituindo-se à BA.2, que regista agora uma prevalência de 21.3%.
O número de novas infeções por 100 mil habitantes acumulado nos últimos sete dias foi de 1.835 casos, com tendência crescente a nível nacional e nas várias regiões do país, e o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus está nos 1,13 a nível nacional.
Perante estes indicadores, que demonstram que a "epidemia de Covid-19 mantém uma incidência muito elevada com tendência crescente", o documento da DGS e do INSA aconselha a que seja mantida a vigilância da situação epidemiológica, "recomendando fortemente o reforço das medidas de proteção individual e a vacinação de reforço".