Os militares portugueses na República Centro-Africana estiveram, entre quinta-feira e sábado, envolvidos em confrontos em Bambari, cidade a 400 quilómetros da capital, Bangui, avança o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA). Não há notícia de feridos entre a força nacional.
De acordo com o EMGFA, num comunicado divulgado este domingo, os militares portugueses "viram-se novamente envolvidos em confrontos em Bambari por forma a repelir bolsas de resistência de combatentes que se reagruparam na cidade a fim de reconquistar as posições perdidas nas últimas semanas".
"Estas ações ocorrem após os violentos combates que se iniciaram no passado dia 10 e depois se estenderam a Bokolobo, principal bastião e posto de comando do grupo rebelde ex-Seleka UPC (União para a paz na República Centro-Africana), 60 quilómetros a sudeste de Bambari", lê-se na nota.
Um grupo de 30 a 40 rebeldes tentaram impedir o avanço das forças portuguesas, sem sucesso, e foram obrigados a bater em "retirada para o interior da selva".
A Força de Reação Rápida portuguesa deteve cinco elementos da UPC, entre os quais um presumível elemento da liderança do grupo, destruiu "oito viaturas pick up armadas com duas metralhadoras pesadas, capturou 11 granadas antitanque de lança granadas foguete (RPG), espingardas automáticas, armas artesanais, uniformes e documentação".
A operação denominada " “Bambari sem grupos armados e armas” vai continuar nos próximos dias, para impedir o regresso dos rebeldes.
No passado dia 10 de janeiro, os militares portugueses estiveram em combate, em Bambari, durante cinco horas, após um ataque violento de um grupo armado.
A atual Força Nacional Destacada é maioritariamente composta por tropas especiais paraquedistas do 2º Batalhão de Infantaria Paraquedista, que conta agora com um efetivo total de 180 militares.