O anúncio do Presidente ucraniano de que o país vai apresentar a sua candidatura formal para adesão à NATO, acontece esta sexta-feira, precisamente, no dia em que o Presidente russo, Vladimir Putin formalizou a anexação das quatro regiões ucranianas que foram a referendo e que representam 15% do território da Ucrânia.
Numa publicação no Telegram, Volodymyr Zelensky considerou que a Ucrânia “já está de facto na NATO”.
O Presidente sublinhou que a importância da entreajuda ao escrever: “Confiamos uns nos outros, ajudamo-nos uns aos outros e protegemo-nos uns aos outros. Esta é a nossa Aliança. Hoje, a Ucrânia candidata-se para torná-lo de direito”.
“Provámos a nossa compatibilidade com os padrões da Aliança”, por isso “estamos a dar um passo decisivo ao assumir este pedido de adesão acelerada da Ucrânia à NATO", mencionou.
Recorde-se que em março deste ano, numa entrevista televisiva, o Presidente Volodymyr Zelensky, afirmou ia insistir na adesão da Ucrânia à NATO, de resto, uma das questões que motivaram oficialmente a invasão russa.
"Quanto à NATO, moderei a minha posição sobre esta questão há algum tempo, quando percebi que a NATO não estava pronta para aceitar a Ucrânia", disse o líder ucraniano.
"A Aliança tem medo de tudo o que seja controverso e de um confronto com a Rússia", explicou Zelensky, acrescentando que não quer ser o Presidente de um "país que implora de joelhos" por uma adesão à NATO.
Seis meses depois destas declarações, Zelensky reverte a posição e anuncia "adesão acelerada da Ucrânia à NATO",