Veja também:
Manuel Costa e Silva e a família vivem em Ovar, que está em quarentena geográfica e estado de calamidade por causa do coronavírus, estão a respeitar escrupulosamente as restrições impostas pelas autoridades. Não sai de casa, a não ser que seja mesmo necessário. E foi o que aconteceu ao fim da manhã.
À Renascença relata que saiu de casa “em São Vicente Pereira, fora de Ovar sede, e claro as forças de segurança interpelaram-no quanto à razão da deslocação”.
Prossegue, com a explicação de que ia “até ao fim da freguesia a um restaurante buscar comida para a refeição, e eles pacificamente disseram que como eu ia com a minha mulher, só podia ir um”.
Assim fez, e para além do interesse das autoridades, foi e regressou a casa para o repasto.
Pelo caminho, o que reparou foi que “a circulação era muito diminuta, e que comparando com os outros dias, se nota uma diferença”.
Um cenário semelhante foi-nos descrito por um outro habitante de Ovar. Paulo Silva está “de quarentena” mas ainda assim reconhece que "há menos gente na rua, que se desloca sobretudo para fazer o seu abastecimento alimentar”. Causa-lhe alguma surpresa, “que algumas indústrias e empresas continuem a laborar”, havendo “diferenças entre o que foi comunicado ontem, e o diploma do estado de calamidade agora publicado”.
Para outro habitante de Ovar, Paulo Valente, “há de facto pessoas a trabalhar, mas são funcionários do próprio concelho, é o feedback” que tem, remata.
Paulo Valente está em casa, uma vez que é funcionário público. De resto, sublinha que, tanto quanto sabe, em Ovar “os serviços estão todos encerrados”.