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A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, não põe de parte que os estádios de futebol possam ter público até ao final da temporada. À questão se isso era uma possibilidade, na conferência de imprensa diária desta segunda-feira, disse: “Não sei responder, vai depender de uma avaliação rigorosa, dos prós e dos contras”.
A mesma responsável afirmou ainda que a prática da DGS, nos últimos meses, tem sido a de se adaptar ao risco que existe, mas também “àquilo que imaginamos que serão os dias seguintes”.
“Temos de acompanhar muito bem, e a cada momento fazer a avaliação do risco”, disse Graça Freitas, não fechando a possibilidade de haver adeptos nas bancadas do estádios naquilo que falta jogar neste campeonato.
Mas, para já, os jogos vão começar sem público, e o primeiro é o que opõe o Famalicão e o FC Porto. Apesar desta determinação, o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, já disse que iria acompanhar a equipa portista desde o hotel em que os jogadores estão em estágio até ao estádio da turma minhota. Madureira assegurou que iriam ser respeitadas todas as medidas de segurança para evitar a propagação da Covid-19.
Já esta segunda-feira, em entrevista à Renascença, o subintendente Pedro Grilo disse que a retoma do campeonato está a ser gerida com o maior dos cuidados e deixou um alerta: "O agravamento da situação pode levar a uma suspensão do campeonato."
Sobre este assunto, e comentando a vontade da claque do FC Porto, Graça Freitas começou por dizer que a lotação dentro dos estádios, a comemoração dos golos, as entradas e saídas dos recintos, são uma “situação complexa”. “Por isso a maioria das outras ligas fez o mesmo que Portugal”, lembra. Ou seja, jogos sem público.
A mesma Graça Freitas aproveitou para fazer um apelo “à responsabilidade pessoal”, e relembrou o que já havia sido dito na conferência de imprensa pela secretária de Estado adjunta e da Saúde, Jamila Madeira. “O vírus está a circular, ele não parou. Se o deixarmos andar ele vai continuar”, enfatiza.
A diretora-geral da Saúde diz que é muito importante respeitar as regras nas imediações dos estádios e em cafés. “É um apelo muito importante”, garante.
A diretora-geral da Saúde relembrou que houve um grande esforço para que o campeonato de futebol fosse retomado, porque se entendeu a sua importância em termos económicos e culturais. “Foi uma concretização importante, um esforço enorme para que possam existir jogos e todos temos de garantir que a época acaba em segurança”, disse.
“Não vamos deitar a perder o que conquistamos com tanto esforço”, reforça Graça Freitas.