Os testes gratuitos à Covid-19 regressam às farmácias esta quarta-feira. A entrada em vigor da medida estava prevista para terça-feira, mas foi adiada devido a questões técnicas.
Para que os testes sejam gratuitos é necessária receita médica, uma condição que não faz sentido na opinião do Sindicato Independente dos Médicos.
À Renascença o presidente do sindicato, Jorge Roque da Cunha, alerta que a medida vai levar a um aumento da pressão nos cuidados primários
“Estamos a falar de uma população que no último ano, por causa da pandemia, teve dificuldades de acesso ao seu médico de família e, como é evidente, se houver um excesso de procura para solicitar a receita da emissão desses testes, naturalmente que o processo, para além de haver o perigo de infeção da população que recorre ao centro de saúde, vai haver uma maior pressão que irá prejudicar não só as pessoas estão infetadas, mas também todos aqueles que precisam de acompanhamento”, argumenta.
O presidente do Sindicato Independente dos Médicos defende ainda que a gratuitidade dos testes deve ser geral.
Os testes rápidos para despistar a Covid-19 voltam a ser gratuitos nas farmácias, mas os utentes têm de apresentar prescrição médica. A medida vai vigorar até 30 junho e pode ser prorrogada.
De acordo com a portaria, publicada na segunda-feira em Diário da República, para acederem aos testes gratuitos nas farmácias aderentes, os utentes terão de apresentar uma prescrição médica, que pode ser obtida através da linha SNS24 ou junto do médico de família. O Governo estabelece ainda que o preço máximo a pagar pelos testes não pode exceder os dez euros.