A administração do Hospital São Francisco Xavier manifestou-se esta terça-feira solidária com a família de Avelina Ferreira, e "totalmente disponível" e interessada em colaborar com as diversas entidades que estão a investigar o caso.
O corpo de Avelina Ferreira foi encontrado na segunda-feira numa mata nas traseiras do Colégio de São José, Lisboa, depois de a mulher ter desaparecido em dezembro do ano passado após ter dado entrada nas urgências do Hospital São Francisco Xavier.
O conselho de administração da Unidade Local de Saúde Lisboa Ocidental (ULSLO) apresenta condolências à família e amigos de Avelina Ferreira "pelo trágico desfecho", e diz que já o fez diretamente à família, quando foi manifestada disponibilidade para apoio psicológico.
"A confirmação do falecimento é, também para esta Instituição e para os seus profissionais, motivo de tristeza e consternação, pelo que aqui se deixa a expressão de solidariedade neste momento", refere o comunicado.
A ULSLO recorda que após o desaparecimento "foram muitos os profissionais de saúde da Instituição que se juntaram e participaram ativamente nas buscas da utente às imediações do Hospital de São Francisco Xavier".
A ULSLO diz no comunicado que continuará a acompanhar atentamente este caso e os seus desenvolvimentos.
Avelina Ferreira, 73 anos, com Alzheimer, desapareceu em 12 de dezembro do ano passado, depois de ter entrado sozinha nas urgências do Hospital, uma vez que o marido foi impedido de a acompanhar. O marido esteve sete horas à espera do lado de fora das urgências, até descobrir que Avelina tinha desaparecido sem que ninguém tivesse dado conta.
A família culpou o hospital por ter impedido que o marido acompanhasse Avelina Ferreira no serviço de urgência, tendo sido obrigado a aguardar na sala de espera e em janeiro lançou uma petição a pedir mecanismos que previnam o desaparecimento de pessoas com demência.
A ULSLO agrega três hospitais, o Hospital de São Francisco Xavier, o Hospital de Egas Moniz e o Hospital de Santa Cruz.