A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, anunciou esta sexta-feira que o Governo vai antecipar a progressão prevista de algumas das carreiras de técnico superior da administração pública em dois anos.
Após uma reunião suplementar com três sindicatos da Função Pública - Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Frente Comum e Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) -, a ministra explica que a grande novidade passa pela redução temporal na progressão destas carreiras.
"O Governo apresentou hoje a proposta de podermos acelerar essa progressão, passando da progressão prevista de quatro anos, ao longo de toda a legislatura, para dois anos", especifica.
Mariana Vieira da Silva diz que ainda não se fixou nenhum limite para as atualizações deste ano e dos seguintes, mais concretamente, nas carreiras de técnico superior da administração pública, mas que se verificou uma "aproximação muito significativa às reivindicações dos sindicatos".
No entanto, a ministra não se compromete com atualizações até ao 8.º nível remuneratório, tal como o STE havia exigido, numa valorização de 104 euros para os técnicos superiores da Função Pública já em janeiro do próximo ano.
Questionada sobre o esforço orçamental para concretizar essa antecipação, Vieira da Silva não esclarece. "Parte daquilo que estamos a negociar tem que ver com o facto de podermos concentrar o esforço nos primeiros anos e não no terceiro e quarto anos de legislatura", salienta.
No final, voltou a sublinhar a valorização prevista para os funcionários públicos em 2023: "aquela que era a margem salarial de que o Governo dispunha foi utilizada e são estes 5,1% de aumento da massa salarial para 2023".