Cumpridas férias sem futebol mas cheias de notícias, o Benfica volta hoje a mostrar-se aos seus prosélitos para iniciar uma temporada de grande expectativa a qual, naturalmente, também envolve os adeptos das demais coletividades portuguesas.
No sábado tiveram lugar os exames médicos, e tanto quanto se sabe, todos tiveram nota positiva, pelo que, hoje, no Seixal, os 29 jogadores já disponíveis tomam o primeiro contacto com o novo treinador, o alemão Schmidt, assessorado para uma bem nutrida equipa técnica, à frente da qual surge o espanhol Jaxi Garcia, com grande espanto de muitos observadores.
Mas adiante. Para já, o que mais interessa, sobretudo à família benfiquista, é a conquista dos objetivos que se colocam a um clube de tanta exigência, e que nos últimos três anos não tem registo de qualquer vitória, tanto a nível nacional como internacional.
Uma verdade é rigorosa e consensual: esta ausência de conquistas de um clube tão prestigiado é inaceitável, o que leva a sua imensa massa associativa a tornar-se ainda mais exigente no futuro imediato.
Começar mais cedo do que a concorrência direta, o trabalho de campo é, como sabe, compreensível: o Benfica entra mais cedo em competição, e já em julho, a Liga dos Campeões espera pela sua participação, ainda numa fase muito primária, e que no passado recente provocou grande desconforto no clube lisboeta.
Uma novidade merece também destaque: depois de 13 anos consecutivos em que o Benfica teve à frente da sua equipa principal treinadores portugueses, um técnico estrangeiro volta a assentar arraiais no Seixal e na Luz, para tentar fazer regressar o clube aos dias de glória.
Sabendo-se que a concorrência vai ser forte outra vez, os encarnados não podem estar à espera de dias tranquilos.
E o começo, com a participação na principal competição europeia da Uefa, poderá trazer os primeiros sinais daquilo que o grupo do emblema da águia vai oferecer-nos em toda a temporada.