A igreja de São Francisco, em Évora, é um dos mais importantes centros religiosos da cidade e, a partir de agora, está oficialmente aberto para receber todas as iniciativas que passem pela arquidiocese alentejana, na preparação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2023, em Lisboa.
Num encontro simbólico, com jovens e responsáveis do Comité Organizador Local (COL), e com todas as normas de segurança acauteladas, a bonita e histórica Igreja de S. Francisco, batizada como “Igreja JMJ”, abriu as portas para a iniciativa inaugural, tendo como anfitrião o arcebispo de Évora.
“Não sei se mais alguma JMJ custou tanto a germinar como esta, mas sei que têm sido fruto de muita esperança e persistência, de muito acreditar”, por isso, “continuamos com este olhar que nos dá a certeza de que seguimos um caminho com sentido e não para um beco sem saída”, declarou, D. Francisco Senra Coelho, na mensagem de boas vindas.
Um desafio para o qual “todos estamos convocados”, para “sermos capazes de organizar a melhor JMJ de sempre”, sublinhou, por seu lado, o responsável pela área logística do COL, D. Américo Aguiar.
“Sabeis quantos jovens existem entre o Alentejo e o Algarve, dos 14 aos 30 anos, que podem participar nas jornadas?”, questionou. “Há 200 mil neste território. E em Portugal? São 1 milhão e 873 mil. Contamos com a colaboração de Évora”, acrescentou o bispo auxiliar de Lisboa, convidando os presentes à oração.
“Nós aprendemos nas outras jornadas que há uma parte que depende do nosso empenho, mas há uma outra parte muito mais importante, que depende de Deus, e só com a nossa oração é que conseguiremos preparar a nossa melhor jornada de sempre”, frisou.
Entrevistado pela jovem Mariana Tiago, do departamento juvenil da arquidiocese de Évora, o responsável alertou também para a importância do percurso que se vai fazer até 2023.
“A jornada não é só aquela semana de foguetório, não, o importante é tudo o que fizermos até lá, pois do trabalho que for realizado, ficarão as sementes e só será um sucesso se der muitos e bons frutos para Évora e para todas as dioceses portuguesas”, afirmou.
“Vai ser uma jornada inesquecível”, sobretudo se “formos capazes de ir ao encontro do coração destes jovens e falar-lhes de Cristo Vivo”, acrescentou D. Américo Aguiar, convicto que é possível chegar aos peregrinos “com o empenho e dedicação de cada um de nós”.
Para o coordenador do COL, “não há jornadas repetidas”, por isso, “esta experiência será única na vida e a melhor de sempre”.
O bispo auxiliar de Lisboa deixa, ainda, um apelo aos jovens portugueses: “que tenham força, empenho, coragem e dedicação para acolher o mundo inteiro, pois fazer esta experiência em Portugal vai ser diferente e única.”
Na inauguração da “Igreja JMJ” de Évora, a Igreja de S. Francisco, estiveram também o padre Filipe Diniz, diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, e Duarte Ricciardi, secretário-executivo da JMJ Lisboa 2023.