O Presidente da República afasta a possibilidade de uma falha de segurança no encontro em 2018 com um dos dois iraquianos que se encontram em prisão preventiva, depois de terem sido detidos por suspeitas de ligações ao Estado Islâmico.
Na altura, Marcelo Rebelo de Sousa visitou o restaurante onde o alegado terrorista trabalhava, juntamente com o antigo Presidente da República Jorge Sampaio e com o primeiro-ministro António Costa.
Aos jornalistas, esta segunda-feira, o Chefe do Estado assegurou que "não havia nenhuma contraindicação de segurança", embora o indivíduo em questão já estivesse sob investigação aquando da visita ao restaurante.
"Eu passo a vida na praia, no hipermercado a fazer compras e, como imaginam, é muito difícil eu ter a certeza de que as pessoas que estão ali ao lado não virão a ser considerados suspeitos de serem ou não terroristas", acrescentou Marcelo.
Apesar de reconhecer que o assunto é "matéria classificada", o Presidente admite que o encontro pode ter sido parte de uma estratégia da investigação para "dar espaço de liberdade a quem pode ser uma pista para encontrar outras estruturas para efeitos posteriores".
Os dois iraquianos, alegadamente ligados ao Estado Islâmico, foram detidos na semana passada e estavam a ser monitorizados desde 2017, depois de denúncias relacionadas com atos terroristas no país de origem.
Ambos pediram asilo a Portugal por razões humanitárias, mas o pedido foi negado, uma vez que tinham uma investigação pendente.