Quatro dezenas de trabalhadores da construção civil encontram-se presos, desde 12 de novembro, num túnel que desabou no norte da Índia. Um deslizamento de terras provocou a derrocada de uma parte do túnel de 4,5 quilómetros que estavam a construir, a cerca de 200 metros da entrada.
Até ao momento, as equipas de resgate estavam a perfurar um buraco horizontal nas rochas para permitir que os homens passassem. A operação foi interrompida na passada sexta-feira, após a máquina ter partido, avança a BBC News.
Entretanto, equipas começaram a cavar verticalmente ao túnel para abrir uma rota alternativa. As autoridades já criaram estradas de acesso e plataformas para chegar ao topo.
O alto funcionário da Corporação Nacional de Desenvolvimento de Rodovias e Infraestrutura, Mahmood Ahmed, que está a liderar as operações de resgate, disse que, se mantiverem o ritmo, o resgate pode ser concluído em 100 horas, "se nenhum outro obstáculo surgir no caminho".
As equipas de resgate vão ter de que perfurar 86 metros para alcançar os trabalhadores, quase o dobro da distância da rota horizontal (46,6 metros).
As autoridades dizem que também estão a explorar outras técnicas, incluindo a escavação manual por parte de militares. Na manhã desta segunda-feira, já conseguiram cavar 31 metros.
Os trabalhadores sobrevivem há duas semanas graças ao fornecimento de ar, comida, água e eletricidade através de uma conduta na qual foi inserida uma câmara endoscópica.
As autoridades admitem também que o mau tempo, com a aproximação de trovoadas e a possibilidade de queda de neve, pode complicar o processo, mas confirmam estar preparados para lidar com a situação.