Os municípios e as empresas gestoras podem vir a subir o preço da água em tempo de seca. A medida está prevista no projeto de regulamento tarifário dos serviços da água, que está em consulta publica até 15 de março.
O documento elaborado pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) prevê alteração de tarifas de água e de saneamento em período de maior escassez e também nos períodos de maior consumo, avança o "Jornal de Notícias".
O alojamento local e os condomínios vão pagar mais, mas os agregados a partir de cinco pessoas vão ter direito a descontos.
Como acontece na eletricidade, o regulador também autoriza
tarifas bi-horárias, ou seja, preços distintos consoante o horário de consumo,
permitindo que que água seja mais barata nos períodos em que a procura seja
mais reduzida. Contudo, esta situação encalha na falta de contadores
inteligentes, pois a maioria dos aparelhos só contabilizando o volume de água
utilizado e não o momento de consumo.
As novas regras devem entrar em vigor a partir de janeiro de 2021.
Esta alteração foi pensada após a seca severa de 2017, os bombeiros
abasteceram populações com água levada por camiões cisterna.