O ex-presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) Paulo Campos é o alvo da investigação que motivou buscas esta quinta-feira na sede do INEM e noutros locais da zona Centro e Norte.
Não há ainda arguidos nesta investigação, revelou ao final da tarde a Procuradoria-Geral da República (PGR), contrariando informações anteriormente publicadas. Uma fonte ligada ao processo disse à Lusa que Paulo Campos tinha sido constituído arguido.
A investigação está relacionada com casos de contratação pública
ligados ao INEM.
A PJ está a realizar esta quinta-feira várias buscas numa investigação que abrange empresas de contratação pública envolvidas na logística do INEM – um processo não relacionado com outro que envolve o INEM, o da " máfia do sangue”.
A Procuradoria-Geral da República divulgou também que as várias
buscas – domiciliárias e a um instituto público – decorrem “no âmbito de um
inquérito em que se recolhem indícios da prática dos crimes de corrupção activa
e passiva, participação económica em negócio e abuso de poder”.
A investigação visa a actuação do responsável principal desse instituto, "por factos indiciariamente praticados no exercício das suas funções públicas e com violação dos deveres inerentes”, informa a PGR.
Paulo Campos foi presidente do INEM entre 2014 e 2016.
A operação iniciou-se esta manhã, está a cargo da Unidade Nacional
de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ, é dirigida e tem a participação de
magistrados do Ministério Público (MP) da 9ª secção do Departamento de Investigação
e Acção Penal (DIAP) de Lisboa.
"A investigação prossegue sob a direcção do MP da 9ª secção do DIAP de Lisboa com a coadjuvação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ", acrescenta.
Paulo Campos é o segundo ex-presidente do INEM a ser alvo da justiça esta semana. Na terça-feira, Luís Cunha Ribeiro foi detido por suspeitas de corrupção no processo da chamada "máfia de sangue".
[Notícia actualizada às 19h09. Afinal, Paulo Campos não foi constituído arguido]