Veja também:
O político radical holandês Geert Wilders reconhece a vitória do primeiro-ministro Mark Rutte nas eleições desta quarta-feira, mas considera que o seu partido é um dos ganhadores das legislativas.
“Eu preferia ser o partido mais votado, mas conquistámos lugares. Estamos orgulhosos deste resultado”, disse o líder do Partido da Liberdade (PVV, na sigla holandesa), que falou aos jornalistas no Parlamento.
De acordo com as projecções, os liberais do VVD, do primeiro-ministro Mark Rutte, vencem com 20,4%, o equivalente a 32 deputados.
O PVV de Wilders está no lote dos segundos partidos mais votados, com 13% e 19 deputados. Em comparação com as eleições de 2012, o partido poderá conquistar mais quatro lugares.
Anti-islão e eurocéptico, Geert Wilders admite que gostava de ser convidado para as negociações de formação de um Governo de coligação, mas se isso não acontecer promete fazer uma oposição determinada.
O líder do PVV, que promete encerrar as mesquitas, proibir o Corão e deixar a União Europeia, considera que, mesmo sem fazer parte do Governo, o seu partido tem tido uma enorme influência na política holandesa.
Nestas declarações aos jornalistas, Wilders disse não entender o comentário do primeiro-ministro de que os eleitores disseram não ao lado errado do populismo.
“Eu não sei o que é que isso significa. Ele está a alegar que há bons e maus populistas. Eu não me vejo como um populista, mas ele está a sugerir que eu sou um populista mau ou uma espécie de nazi”, conclui o líder do Partido da Liberdade.