Os espanhóis vão voltar às urnas no próximo dia 26 de Junho. O rei Felipe VI assinou esta terça-feira, 3 de Maio, o decreto de convocatória automática de eleições, depois do fracasso das negociações para formar Governo.
É a primeira vez em que
os espanhóis são chamados novamente a votar, depois de as forças políticas não
terem chegado a acordo na escolha do novo primeiro-ministro.
"Esperemos que todos tenhamos aprendido a lição e que a próxima composição do parlamento chegua a um acordo, tão breve quanto possível", disse o porta-voz do Parlamento, Patxi Lopez, numa conferência de imprensa durante a qual confirmou-se que o rei já assinou o decreto que convoca as eleições.
O papel do rei está definido no
artigo 99.5 da Constituição, que diz textualmente: "Se terminado o prazo
de dois meses, a partir da primeira votação de investidura, nenhum candidato
tiver obtido a confiança do Congresso, o rei dissolverá as duas câmaras e
marcará novas eleições com o acordo do presidente do Congresso".
A partir de hoje, e depois de publicado no boletim oficial o decreto de marcação das eleições, é possível pedir para votar por correspondência. Os partidos terão até 13 de maio para comunicar candidaturas em coligação, sendo 23 de maio o último dia para apresentar candidaturas.
De acordo com os prazos legais, que começam a partir de hoje, a campanha eleitoral começa às 00h00 de 10 de Junho e termina a 24, seguindo-se a 25 de Junho o dia de reflexão e as eleições a 26.
As forças políticas em Espanha tentam formar um Executivo desde Dezembro de 2015, quando as eleições legislativas redundaram num cenário que não dava maioria absoluta a nenhum partido.
Ao longo dos últimos quatro meses não foi possível obter acordo para formar coligações nem ao centro, nem à esquerda nem à direita.