O presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos considera que a partilha das identidades de manifestantes russos com Moscovo por parte do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, representa "um ato de terrorismo político e de subserviência".
O líder centrista diz que o autarca da capital está a entregar "a cabeça de três pessoas a um Governo que viola os direitos humanos e que mata opositores".
A autarquia da capital terá fornecido os nomes, moradas e contactos telefónicos das três pessoas – duas delas têm nacionalidades russa e portuguesa – depois de estas terem organizado uma manifestação contra a detenção do ativista Alexei Navalny, em frente à embaixada da Rússia, em Lisboa. O evento remonta a janeiro deste ano.
"É uma situação que não devia ter acontecido por várias razões, a principal das quais é que Lisboa tem orgulho em ser um espaço de liberdade, de segurança, de expressão e de valorização dos direitos humanos, do direito à manifestação que tanto nos custou conquistar e que tanto prezamos", disse Medina, em declarações aos jornalistas.
Para o líder do CDS este casos revela os tiques autoritários do PS, que garante "querem transformar Lisboa em Moscovo e a Liberdade e em servidão".
No mesmo comunicado, Francisco Rodrigues dos Santos diz que "um pedido de desculpa não protege a vida dos denunciados nem afasta um crime." "O CDS está ao lado das 3 vítimas e entende que deve ser apresentada queixa à PGR, por cumplicidade com a Rússia e para apuramento das responsabilidades criminais", acrescenta.
O mesmo termina afirmando que ou "Medina se afasta" ou "o povo que ama a Liberdade tem de removê-lo com o voto".