As universidades e os politécnicos vão poder canalizar para a primeira fase do Concurso Nacional de Acesso, as vagas que ficaram por ocupar nos concursos especiais, como o que existe para os estudantes internacionais.
À Renascença Pedro Dominguinhos, do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, diz que o número de vagas pode ser cinco mil, mas é preciso aguardar pelo fim das matrículas que ainda estão a decorrer para chegar a um número final.
“O valor prende-se com a extrapolação dos resultados do ano passado, quando foram abertas cerca de 11 mil vagas e foram ocupadas cerca cinco mil pelos estudantes internacionais – daí o valor máximo que possa ser alocado é de cinco mil”, contabiliza.
A medida foi aprovada em Conselho de Ministros, na quinta-feira, depois de um número recorde de candidaturas. Cada instituição terá agora de apurar quantas vagas sobram.
“Tivemos no concurso nacional de acesso o maior número de candidatos desde há muitos anos e, por isso, o Governo resolveu que as instituições de ensino superior podem usar essas vagas para o concurso geral de acesso”, justificou a ministra Mariana Vieira da Silva.
A primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao ensino superior público registou, este ano, 62.675 candidatos, o maior número nos últimos 25 anos.
Tendo em conta o aumento, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior estima que o número de novos ingressos no ensino superior “em todos os ciclos de estudos, públicos e privados, atinja cerca de 90 mil novos estudantes matriculados no próximo ano letivo de 2020/21”, contra 84 mil no ano passado.