Portugal. Reforço de segurança depois dos atentados de Paris mais visível nos aeroportos
16-11-2015 - 19:03
 • Celso Paiva Sol

Polícias e serviços secretos portugueses continuam a acompanhar com especial atenção as informações que vão chegando, sobretudo por parte das autoridades francesas.

É nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro que se notam mais as decisões tomadas pelas forças de segurança portuguesas poucas horas depois dos atentados de sexta-feira em Paris.

Por iniciativa da PSP, os aeroportos têm agora um maior número de polícias em patrulha, fardados e armados de forma mais ostensiva, mas também muitos elementos a actuar à paisana, apurou a Renascença.

Polícias e serviços secretos portugueses continuam a acompanhar com especial atenção as informações que vão chegando, sobretudo por parte das autoridades francesas.

Está em vigor desde a madrugada de sábado um reforço de segurança junto de algumas embaixadas e nos principais aeroportos portugueses. No entanto, tal não significa que tenha sido aumentado o nível de alerta.

Mais controlo documental

Foi também decretado um reforço do controlo documental aleatório a voos provenientes de espaço Schengen. Não se trata de qualquer reposição de fronteiras, mas apenas a intensificação de uma prática comum em todos os aeroportos europeus.

Em Portugal, até sábado, fiscalizavam-se aleatoriamente os passageiros de um voo Schengen por semana. Agora, fiscalizam-se vários voos por dia, o que acontece à chegada, com equipas do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras colocadas nas portas de saída dos aviões para conferir a veracidade dos documentos e a sua correspondência com quem os utiliza.

A segurança foi reforçada em quatro embaixadas em Lisboa: França, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos. Pontualmente, foi ainda reforçada a vigilância nos liceus franceses de Lisboa e Porto.

De forma bastante mais discreta, as forças e serviços de segurança e de informações mantêm-se entretanto em permanente comunicação, com dois pontos de contacto principais: Helena Fazenda, secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, e Júlio Pereira, secretário-geral do Sistema de Informações da República Portuguesa. Ambos em ligação directa com o Governo.