Os 15 bebés prematuros colonizados com uma bactéria multirresistente, internados no serviço de neonatologia do Hospital de Santa Maria, estão estáveis.
Segundo o Álvaro Ayres Pereira, médico infecciologista, estes recém-nascidos continuam, no entanto, a precisar de cuidados especiais.
“Estão estáveis. Não se pode dizer que se também porque se estivessem bem não estavam cá”, indicou o responsável esta sexta-feira.
De acordo com o médico, “são bebés, a maior parte deles grandes prematuros que, independentemente de estarem colonizados, terem infeções, têm que permanecer no hospital até ter um grau de desenvolvimento que lhes permita ir para casa com os pais”.
“São bebés que estão muito dependentes dos cuidados médicos, claro, de enfermagem, e de alguma tecnologia que realmente apoia a vida destas crianças”, assinala.
Ainda relacionado com este caso, o Hospital de Santa Maria está a investigar a morte de um recém-nascido na semana passada, colonizado com a bactéria multirresistente. Pretende-se perceber se há relação com este surto, o que ainda nao se consegue determinar.
“Não conseguimos ainda ver em concreto a causa da descompensação, se teve alguma relação com a bactéria ou não. Ainda não há dados finais da autópsia, etc., que nos possam tirar conclusões definitivas em relação a essa situação”, destaca.
O especialista refere ainda que, ao contrário do que foi dito, “o serviço [de neonatologia] não está fechado”, o que não está de momento a acontecer é a admissão de novos bebés.
“O serviço não está aberto para novas admissões”, salvo casos extremos, conclui.