O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, renovou esta sexta-feira, sob proposta do Governo, o mandato do general José Nunes da Fonseca como chefe do Estado-Maior do Exército.
"Sob proposta do Governo, o Presidente da República decretou a renovação do mandato do chefe do Estado-Maior do Exército, general José Nunes da Fonseca", lê-se numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.
Nunes da Fonseca tomou posse em 19 de outubro de 2018 como chefe do Estado-Maior do Exército, substituindo Rovisco Duarte, exonerado após apresentar uma carta de resignação ao cargo na sequência do caso do furto de armas nos paióis de Tancos.
A renovação do mandato de Nunes da Fonseca acontece uma semana depois da controvérsia em torno da intenção do ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, de exonerar o chefe de Estado Maior da Armada, Mendes Calado, substituindo-o pelo vice-almirante Gouveia e Melo – um processo que foi travado pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Nos termos da lei orgânica das Forças Armadas, os chefes dos ramos são nomeados e exonerados pelo Presidente da República, sob proposta do Governo, que deve ser precedida da audição, através do ministro da Defesa Nacional, do chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.
O tenente-general José Nunes da Fonseca tem 41 anos de serviço e o curso de Ciências Militares de Engenharia da Academia Militar.
Nascido em 1961, em Mafra, Nunes da Fonseca desempenhou, até assumir funções como chefe de Estado-Maior do Exército, o cargo de 2.º Comandante-Geral da Guarda Nacional Republicana.
Esteve colocado na força especial da NATO para o Kosovo, como general-comandante da força logística, em 2011, e na força de estabilização da Aliança Atlântica para a Bósnia-Herzegovina, como oficial de operações, em 1998-1999, tendo ainda integrado o comando da Eurofor em Itália, como adjunto de operações de logística e chefe de secção de procedimentos operacionais.
Foi o primeiro do seu curso de Ciências Militares de Engenharia e é um "Espada de Toledo", a mais alta graduação da Academia Militar.
Nunes da Fonseca foi condecorado duas vezes: em 2002, pelo Presidente Jorge Sampaio, como oficial e, em 2014, pelo Presidente Cavaco Silva, como Grande Oficial.
Tem ainda 23 louvores nacionais e três estrangeiros e cinco medalhas por serviços distintos no grau prata.