A Festa do Avante! "pareceu mais segura do que a feira do livro e as praias deste país". A opinião é de Henrique Raposo, que faz um balanço positivo à 44.ª Festa do Avante!, do PCP.
"É um balanço positivo. Pelo que vi da televisão e a falar com pessoas que lá estiveram, pareceu-me mais seguro do que a feira do livro e as praias deste país. Se querem fechar o Avante!, fechem as praias do país", disse o comentador na Renascença.
Raposo encara a festa comunista como uma "boa experiência piloto para retomarmos a vida normal, os eventos com público".
Jacinto Lucas Pires, que comenta no mesmo espaço, concorda e diz que o maior problema esteve na comunicação antes do evento: "O grande problema esteve antes, na comunicação. O Presidente da República fez esse reparo e bem".
Depois do Avante!, os dois comentadores concordam que o PCP está dentro "do jogo da negociação" sobre o próximo Orçamento do Estado.
As reuniões do Infarmed com representantes políticos regressam esta segunda-feira e com uma das partes a ser transmitida ao público. Jacinto Lucas Pires diz a abertura das reuniões é importante para combater a desinformação e o medo.
"Na Europa já se fala de uma segunda vaga. A abertura da reunião é uma boa notícia, porque a comunicação tem sido um problema. O grande remédio é a comunicação. A transparência é uma arma contra o pânico", afirma.
Henrique Raposo espera que as reuniões não se foquem apenas no novo coronavírus, mas também sobre as consequências da pandemia nas outras doenças: "Temos um excesso de mortalidade que não se deve à Covid-19. As pessoas morrem mais devido ao medo e ao confinamento do que devido à Covid-19. Espero que as reuniões não afunilem tudo sobre a pandemia".