Paulo Pereira, videoárbitro Bola Branca, dá nota 3 a António Nobre, árbitro do Sporting-Santa Clara, da meia-final da Taça da Liga. Apesar de uma arbitragem de "serviços mínimos", "teve uma excelente ajuda do videoárbitro Nuno Almeida no lance decisivo".
O lance capital da partida é o penálti de Rui Costa por mão na bola e vermelho direto mostrado ao avançado. Para o especialista em arbitragem, a decisão está correta. "É evidente a utilização do braço, tem uma abordagem imprudente, quase como guarda-redes de andebol, levantando a perna e o braço. A bola bate no braço, penálti bem assinalado".
O cartão vermelho é também bem mostrado e a regra da dupla penalização não se aplica nestes casos, como explica Paulo Pereira.
"Existe dupla penalização quando o jogador não tenta jogar de forma legal. Se tenta jogar com o braço, o vermelho é bem mostrado. É como se um defensor agarrasse o adversário e o impedisse de marcar golo. Vermelho ajusta-se. Pode ser questionado se a bola ia, ou não, para a baliza. É dúbio, pode ser uma das grandes dificuldades que o VAR teve, daí a demora. Podem haver dúvidas, dada a proximidade do defesa à linha de golo e a direção", diz.
Em relação aos lances do primeiro tempo, Paulo Pereira questiona um lance de um defesa do Sporting: "Matheus Reis e Cryzan tiveram um lance que poderia ter sido interpretado como uma agressão de Matheus Reis. Há uma mão na cara muito estranha. É um lance de difícil análise, complexo".
Dentro de campo, o Sporting venceu por 2-1 e carimbou presença na final da Taça da Liga.