"De quem estão à espera?", foi a pergunta que muitos turistas fizeram quando chegaram ao Aeroporto Humberto Delgado, surpreendidos pelo aparato. Atrás destes, de sorriso de campeão estampado do rosto e duas medalhas de ouro ao peito, chegou Diogo Ribeiro. Por perto, a de três dezenas de pessoas que fizeram fila para parabenizar o nadador e conseguir um registo fotográfico para o futuro.
Em declarações aos jornalistas, o campeão mundial nos 50 e 100 metros mariposa mostrou esclarecimento quanto ao futuro de uma carreira que ainda vai no adro, sem esquecer que ainda tem de viver o "sonho" que acabou de se concretizar.
"É um sonho e vai começar a ser um objetivo. Um objetivo mais real, mas não nos podemos precipitar, tenho de trabalhar e continuar a ser humilde. Acho que sou... Cada vez que ganho uma medalha penso que enquanto não chegar à medalha olímpica não vou parar", garantiu Diogo Ribeiro à chegada a Lisboa.
O atleta de apenas 19 anos dedicou as conquistas ao pai, que morreu quando Diogo tinha quatro anos. "Falei muito com ele. Digo-lhe que vou fazer as coisas por ele, acho que ele me manda força e com essa força ganho as provas."
Para trás fica uma medalha de ouro nos 50 metros mariposa que acabou partida. "Dormi com as medalhas, meti-as debaixo da almofada e, no dia a seguir, a dos 50 metros estava partida, mas deu para trocar", admitiu com um sorriso.
De olhos postos no Olimpo, Diogo Ribeiro garante que "continua tudo igual", o único que mudou foi o currículo. Depois de se ter tornado o primeiro medalhado de Portugal no ano passado, conquistando a prata nos 50 metros mariposa em Fukuoka, Japão, agora, em Doha, veio o ouro e a dobrar.
Agora, "é descansar a cabeça".