O Governo vai apresentar esta sexta-feira o plano para estimular a economia e a atividade turística, que foi aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros.
Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, a estratégia “Reativar o Turismo, Construir o Futuro”, aponta como prioridades a acessibilidade aérea e a mobilidade, consideradas “áreas fundamentais para a competitividade do destino Portugal”.
O plano assenta em quatro pilares: apoiar as empresas, fomentar a segurança, gerar negócio e construir o futuro. O objetivo é criar mais valor, aumentar o PIB – Produto Interno Bruto - e fazer uma distribuição mais justa da riqueza.
O comunicado refere ainda que o Plano pretende posicionar o país como “um destino internacionalmente reconhecido pelos seus elevados padrões de sustentabilidade e de coesão territorial e social”.
Com o plano “Reativar o Turismo, Construir o Futuro”, o Executivo quer superar os objetivos e metas de sustentabilidade definidos na Estratégia para o Turismo 2027, “promovendo o turismo ao longo de todo o ano e em todo o território, com respostas estruturadas que consigam mitigar os efeitos da pandemia”.
Atingir 80 milhões de dormidas e mais de 26 mil milhões de euros de receita até 2027 foram as metas fixadas pela Estratégia, mas o ano passado a pandemia quebrou a evolução muito positiva dos anos anteriores.
Em 2020, as dormidas caíram 63% para 26 milhões e as receitas tiveram uma quebra de quase 60%, não atingindo sequer os 8 mil milhões de euros.
As medidas concretas, os valores envolvidos e as formas de financiamento vão ser anunciadas esta sexta-feira pelo Ministro Pedro Siza Vieira na Estação Sul e Sueste, acabada de renovar para ser o novo Terminal de Cruzeiros no rio Tejo.
Uma das medidas a anunciar deverá ser o IVAucher, um estímulo à procura que dará aos clientes a possibilidade de descontar em novas compras no setor o valor do IVA pago na restauração, alojamento e eventos culturais.
Entretanto, em entrevista recente ao Dinheiro Vivo, a Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, “levantou a ponta do véu”, dizendo que um dos eixos centrais será, a curto prazo, a recapitalização das empresas.
Também deverá incluir uma solução para as moratórias. Além disso, deverão ser feitas campanhas de promoção internacionais e adotar medidas, nomeadamente a nível sanitário, que inspirem confiança nos consumidores.
No comentário habitual de domingo à noite na TVI, o antigo ministro Paulo Portas avançou que o governo estava a preparar uma “bazuca” para o setor, na ordem dos 6,9 mil milhões de euros e que abrange todos as áreas lingadas ao turismo: hotelaria, restauração, animação turística, rent-a-car, entre outras.