A CGTP criticou este domingo o acordo da Concertação Social que foi apresentado pelo Governo, os patrões e a UGT, classificando-o como "apressado" e "insuficiente" para as necessidades dos trabalhadores..
A central sindical ficou de fora do entendimento e, à Renascença, não aceita negociações "que retiram direitos aos trabalhadores".
"Até podem ter algum aumento salarial, mas dão com uma mão e tiram com outra", refere Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP.
A CGTP reitera que o acordo "não se aproximou minimamente" das suas propostas.
A coordenadora da central sindical teme que o entendimento da Concertação Social vai acabar "por beneficiar os mesmos de sempre".
"O que está plasmado neste acordo é, mais uma vez, grandes benefícios fiscais para as empresas. São as grandes empresas e grupos económicos que vão beneficiar e não as micro e pequenas empresas, que têm mais dificuldades na sua viabilidade. Há um desiquilíbrio muito grande", defende Isabel Camarinha.
A secretária-geral voltou a promover uma manifestação para o próximo sábado, dia 15 de outubro, no Porto e em Lisboa, para a defesa de medidas para os trabalhadores.
"Pelo aumento dos salários e das pensões. Contra o aumento do custo de vida e por medidas que, de facto, regulem preços e parem com esta especulação. Apelamos que tragam para a rua a sua exigência de uma resposta efetiva", afirma.