Os Estados Unidos defenderam esta quarta-feira que durante a passagem dos seus navios pelo estreito de Taiwan, no domingo passado, não houve uma resposta "insegura" ou pouco profissional das forças chinesas.
"Este trânsito demonstra o compromisso dos Estados Unidos com um Indo-Pacífico livre e aberto e que continuaremos a navegar e a operar onde a leu internacional permitir. Não houve alterações inseguras ou não profissionais durante essa passagem", disse o porta-voz do Pentágono, general da Força Aérea Pat Ryder.
Washington está focado, acrescentou, em trabalhar com os aliados e parceiros na região para garantir a estabilidade e preservar a ordem baseada na legalidade internacional.
A Marinha norte-americana já havia especificado que os seus navios, identificados como cruzadores de mísseis guiados da classe Ticonderoga, USS Antietam e USS Chancellorsville, fizeram um trânsito "rotineiro" na área "por águas onde se aplica a liberdade de navegação", de acordo com o direito internacional.
Essa operação ocorreu três semanas depois de a presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, ter feito uma visita fugaz a Taipei no início do mês de agosto, apesar dos avisos de Pequim, desencadeando uma crise no estreito e provocando manobras militares ao redor da ilha.
Taiwan é uma das principais fontes de atrito entre a China e os Estados Unidos, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan e seria o seu maio aliado militar no caso de uma possível guerra com a China.
A China, por sua vez, reivindica soberania sobre a ilha e considera Taiwan uma província rebelde desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para lá em 1949, depois de perder a guerra civil contra os comunistas.