O secretário-geral do PS afirmou este sábado que o Governo e os socialistas têm de liderar a reforma da legislação laboral no país, dizendo que a atual crise pandémica tornou "evidentes" as fragilidades do mercado de trabalho.
Esta posição, segundo fontes socialistas, foi assumida por António Costa na segunda intervenção que proferiu perante a Comissão Nacional do PS, que se realizou no Centro da Esquerda, em Lisboa.
Nesta sua intervenção, o líder socialista e primeiro-ministro considerou que a atual crise sanitária provocada pela covid-19, que está a ter pesadas consequências nos planos económico e social, "tornou ainda mais evidente a fragilidade do mercado de trabalho" em Portugal.
António Costa disse mesmo que, na ação do Governo, as maiores dificuldades na resposta resultaram da existência de diversas formas graves de precariedade laboral e de completa desproteção social.
"A forma como ao longo dos anos se foi desorganizando o mercado de trabalho em Portugal é mesmo assustadora", declarou António Costa, citado por membros da Comissão Nacional do PS.
Para combater os "abusos" por entidades patronais e reforçar a proteção social, de acordo com o secretário-geral, os socialistas e o Governo "devem liderar a reforma da legislação laboral".
No seu discurso, também segundo fontes do PS, o primeiro-ministro destacou também a importância de o país, ao longo dos próximos anos, aplicar bem as verbas provenientes da União Europeia.
"Só haverá boa execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do programa Portugal 2030 se houver uma parceria em rede e se o processo for descentralizado", disse perante os membros da Comissão Nacional do PS.