As federações de futebol de Portugal, Espanha e Marrocos assinaram, oficialmente, o acordo de candidatura ao Mundial 2030.
Segundo a nota, o acordo é "o compromisso assumido pelas três federações de futebol de respeitarem as regras e o quadro que regem o processo de candidatura". O documento também oferece "orientações sobre os principais aspetos técnicos da candidatura, como os critérios de promoção e avaliação."
A FIFA anunciou, no início de outubro, a realização do Mundial pela candidatura ibero-marroquina, incluíndo também jogos no Uruguai, Argentina e Paraguai, que encabeçavam a outra candidatura à organização da prova.
O Mundial 2030 celebra os 100 anos da primeira edição da competição. As federações garantem que "serão empenhados especiais esforços para garantir que o torneio seja um modelo para os próximos 100 anos.
"Para tal, os países anfitriões terão de mostrar as suas culturas únicas, a fim de promover uma maior colaboração entre a Europa, a África e o resto do mundo, assegurando ao mesmo tempo que o evento seja sustentável e acolhedor para os adeptos de todas as idades e origens", pode ler-se.
Mais detalhes sobre a candidatura e a logística da organização "serão anunciados em breve".
Fernando Gomes, presidente da Federação Portuguesa de Futebol, acredita que a "assinatura do acordo de candidatura da FIFA representa um momento marcante para as nossas Federações e para o futebol dos nossos três países."
"Hoje, celebramos todos aqueles que tornaram isto possível e, a partir de amanhã, começamos a trabalhar na elaboração de uma candidatura e de um plano de torneio que impressionarão os adeptos de futebol de todo o mundo”, acrescenta.
Fouzi Lekjaa, da Federação Real Marroquina de Futebol, afirma que "o futebol em Marrocos está a crescer como nunca, desde as bases até às nossas seleções nacionais. Unir forças com Portugal e Espanha, para criar um Campeonato do Mundo da FIFA que mude o jogo, foi o óbvio passo a seguir para continuar este progresso. Juntos, estaremos a fazer história".
Já Pedro Rocha, presidente da Real Federação Espanhola, destaca a gratidão "pela confiança que a FIFA demonstrou, até agora, na nossa visão e esperamos trabalhar em estreita colaboração com a mesma nos próximos meses"
"Estamos conscientes da enorme responsabilidade que implica a organização de um Campeonato do Mundo da FIFA e não a encaramos de ânimo leve. Três países sediarão o Campeonato do Mundo da FIFA 2030, mas o seu legado será sentido em todos os lugares”, termina.
Não está garantido que Portugal acolha jogos da fase a eliminar do Mundial 2030. À Renascença no início de novembro, o secretário de Estado do Desporto confirma mais de dez jogos em Portugal.
Gilberto Madaíl, ex-presidente da FPF, considera que "Portugal é o elo mais fraco da candidatura ao Mundial 2030" e questiona a visibilidade que dez partidas em solo português darão ao país.