A avocação para plenário deste ponto sobre o limite remuneratório permitiu perceber as divisões no plenário e dentro da bancadas.
Desde logo porque o CDS votou ao lado do PS e do PCP a favor do aumento do tecto salarial para 90 % do salario do Presidente da República.
Pedro Mota Soares, antigo ministro da Solidariedade e Segurança Social, declarou que foi imposta disciplina de voto e, por isso, apresentou uma declaração de voto, indiciando que votaria contra se tivesse oportunidade.
“Tendo sido imposta a disciplina de voto pela direcção do grupo parlamentar, acompanhei o sentido de voto definido pela mesma. Nas discussões internas sobre este assunto alertei que seria um erro o CDS mudar a sua posição de princípio que no estado o salário do Presidente da República é o mais elevado e que ninguém deve ganhar mais do que o Primeiro-Ministro”, declarou Mota Soares.
Já o PSD votou contra, tal como o Bloco de Esquerda, o PAN e o deputado não-inscrito, Paulo Trigo Pereira.
No Partido Socialista, Fernando Anastácio reiterou em plenário que é casado com uma juíza, mas não deixou de ser ele a defender a medida e a coordenar o grupo de trabalho que negociou este diplomou.
De resto, no PS choveram anúncios de declaração de voto, o que levou o presidente do PS, Carlos César, a anunciar que na bancada que lidera não houve disciplina de voto.