Putin. “Rússia está condenada ao êxito"
18-03-2018 - 21:51

Vladimir Putin conseguiu mais de 70% dos votos nas eleições deste domingo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, proclamou a sua vitória eleitoral durante uma celebração ao ar livre perto do Kremlin e após garantir mais de dois terços dos votos, segundo os últimos resultados.

"A Rússia está condenada ao êxito. Devemos manter a unidade", disse Putin perante milhares de pessoas concentradas na Praça do Manezh, apesar dos 12 graus negativos da noite moscovita.

Putin, 65 anos, agradeceu às dezenas de milhões de pessoas que votaram na sua candidatura e que permitiram a sua reeleição para um quatro mandato, que deverá prolongar-se até 2024.

"Muito obrigado pelo apoio. Muito obrigado pelo resultado. Vós sois a nossa equipa e eu sou membro da vossa equipa e todos os que votaram hoje formam a nossa grande equipa nacional", disse.

Segundo a Comissão eleitoral central, Putin garantiu mais de 75,01% dos votos e quando estavam contados 50% dos votos expressos.

Putin interpretou estes resultados como o "reconhecimento de tudo o que foi realizado nos últimos anos em condições muito difíceis" e a "confiança e a esperança" no futuro.

"Aguarda-nos o êxito. É muito importante atrair à nossa equipa aqueles que votaram por outros candidatos. Necessitamos dessa unidade para avançar. E para avançar devemos sentir o ombro de cada cidadão deste país", assegurou.

Da longínqua Kamchatka, no leste, ao enclave de Kaliningrado, a oeste, cerca de 110 milhões de eleitores do imenso país com 11 fusos horários começaram a votar às 8h00 locais (5h00 em Lisboa), ainda noite de sábado no Ocidente. As últimas assembleias de voto encerraram hoje às 13h00 locais (18h00 em Lisboa).

As eleições ocorrem num momento em que a Rússia é alvo de sanções britânicas, em reação ao envenenamento em Inglaterra do ex-agente duplo russo Serguei Skripal, num caso que parece ter confirmado o regresso de uma nova Guerra Fria desde o regresso de Putin ao Kremlin, em 2012.

O conflito sírio, a acusação de ingerência nas presidenciais norte-americanas e a crise ucraniana -- com a anexação da península da Crimeia após o referendo de março de 2014 -- são cenários que têm justificado um crescente clima de tensão, e que implicaram no último caso a adoção de duras sanções internacionais pela União Europeia e Estados Unidos.