O chefe de polícia do Distrito Escolar de Uvalde, no Texas, onde 19 alunos e dois professores foram mortos a tiro, em maio, foi demitido.
O jornal Texas Tribune indicou que o conselho do distrito escolar de Uvalde, perto da fronteira com o México, votou por unanimidade a favor da demissão de Peter Arredondo, três meses após o tiroteio.
O conselho acusou o polícia, então responsável pela operação, de ter demorado a ordenar uma intervenção.
O relatório do comité de investigação constatou que mais de 370 agentes locais, estatais e federais responderam ao tiroteio, mas que demoraram mais de uma hora a confrontar e a abater o atirador, de 18 anos.
Num documento divulgado poucas horas antes da reunião, os advogados de Arredondo disseram que o polícia não estaria presente no que considerou ser um "linchamento público ilegal e inconstitucional".
O chefe de polícia, suspenso desde 22 de junho, tinha pedido ao conselho do distrito escolar de Uvalde um retorno total às suas funções, bem como o encerramento de um processo que considerou infundado.
Na semana passada, o supervisor das escolas de Uvalde, Hal Harrell, tinha recomendado a sua demissão, depois da divulgação de uma série de falhas.
A uma comissão de investigação, o diretor do Departamento de Segurança Pública do Texas, Steven McCraw, considerou que Arredondo tomou “decisões terríveis” à medida que o massacre se desenrolava.
O início das aulas nas escolas de Uvalde foi adiado até 6 de setembro, enquanto decorre uma série de melhorias de segurança e a implementação de serviços de apoio emocional e social, afirmou o conselho escolar, no final de uma reunião na segunda-feira.