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A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse esta terça-feira, durante a conferência de imprensa de balanço da evolução da pandemia, que em Portugal as pessoas podem exercer o direito de não serem vacinadas e que isso não ficará registado.
Esta responsável relembrou que a vacina contra a Covid-19 é equivalente às restantes que existem em Portugal. Não é “um medicamento experimental", é "uma vacina que está plenamente autorizada”.
A vacina “não deixou de passar pelo crivo da Agência Europeia do Medicamento” em relação à qualidade, segurança e eficácia que detém, ressaltou.
“Em Portugal, a vacinação é um ato voluntário, fortemente incentivado”, afirmou Graça Freitas. “As pessoas podem exercer o direito a não ser vacinadas. E não ficará registado quem não quis ser vacinado. Faltas à vacinação podem ser registadas, excecionalmente, como por vezes se faz com as crianças."
Em Espanha está a ser estudada a hipótese de ser criada uma lista dos que se recusarem a ser vacinados contra o novo coronavírus.
NÚMERO DE MORTES DIÁRIAS DE COVID-19
Graça Freitas apelou ainda a que vacinação não leve os portugueses a baixarem a guarda e "não nos faça deixar as medidas básicas de distância física, utilização correta de máscara, arejamento dos espaços fechados mesmo no inverno, lavagem das mãos, etiqueta respiratória”.
“O vírus vai seguir a sua dinâmica de propagação e nós temos de tentar contrariá-lo”, argumentou.
A diretora-geral da Saúde alertou ainda para o facto de algumas pessoas não irem produzir anticorpos porque a vacina não é 100% eficaz. Isso significa que não irá desencadear uma resposta imunitária em todas as pessoas. Essa mesma resposta não será também igual em todas.