É o terceiro dia protestos dos trabalhadores precários do ensino superior e da ciência, que se vão manifestar aproveitando a presença do Presidente da República no encontro Ciência 2018, que termina esta quarta no Centro de Congressos de Lisboa.
O pessoal docente e não docente e de investigadores reivindica "um verdadeiro combate à precariedade na ciência e ensino superior", refere uma nota de imprensa divulgada pela Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC), que coorganiza a iniciativa a decorrer no exterior do Centro de Congressos.
Entre as reivindicações constam o "cumprimento efetivo" do programa de regularização de vínculos laborais precários no Estado, a contratação de investigadores-doutorados prevista na legislação de estímulo ao emprego científico, o "reforço do investimento" na ciência e no ensino superior e a contratação de leitores das universidades.
Na terça-feira, os elementos da ABIC vestiram-se de preto e entregaram uma carta reivindicativa ao primeiro-ministro, António Costa, que encerrou a sessão plenária da manhã.
Na segunda-feira, as portas de algumas casas de banho do Centro de Congressos de Lisboa serviram para afixar folhetos a anunciarem as iniciativas dos trabalhadores precários no Ciência 2018, como o protesto de quarta-feira.
Os precários prometem marcar presença nas sessões plenárias encerradas pelo primeiro-ministro esta quarta-feira e pelo Presidente da República, na quarta-feira.
Os folhetos são assinados por Associação de Bolseiros de Investigação Científica, Sindicato Nacional do Ensino Superior, Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais, entre outras entidades.