O Banco Central Europeu está a avisar os bancos para que se preparem para o possível corte do acesso dos bancos russos ao sistema de pagamento internacional swift.
De acordo com o presidente do conselho de supervisão do BCE, Andrea Enria, as exposições diretas dos bancos da Zona Euro à Rússia estão “contidas” e, por isso, não são preocupantes. No entanto, eventuais sanções podem desencadear turbulências nos mercados financeiros.
Este responsável admite que bloquear o acesso dos bancos russos ao sistema de pagamento internacional swift seria a medida com mais impacto, mas também lembrou que só foi aplicada uma única vez, ao Irão.
O Risco Cibernético
A par da crise Ucrânia-Rússia, e também em consequência deste diferendo, “o risco tecnológico e o risco cibernético estão a tornar-se cada vez mais um foco importante da supervisão bancária do BCE”, avisa Andrea Enria.
O supervisor pede aos bancos para que se protejam de ataques cibernéticos, com melhores medidas. As instituições devem “estabelecer uma estratégia tecnológica e documentar a mesma, afetar pessoal informático suficiente e melhorar a formação dos seus empregados”.
A banca tem investido nesta área, sobretudo com a expansão das operações além fronteiras. Uma situação que aumenta o risco num cenário de ataque cibernético, em que mais funções podem ficar comprometidas.
O Presidente do Conselho de Supervisão alerta ainda que “as fragilidades da infraestrutura tecnológica dos bancos e da arquitetura de dados de risco continuam a ser um obstáculo importante à agregação eficaz de dados a nível de grupo”.
Tudo porque, com frequência, “utilizam diferentes sistemas informáticos para realizar as mesmas tarefas ou tarefas semelhantes”.