O Presidente sírio, Bashar al-Assad, quer ser aliado do Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, na luta contra o terrorismo.
Em entrevista à RTP, Bashar al-Assad comentou pela primeira vez a vitória de Trump nas eleições de 8 de Novembro.
Mostra-se cauteloso e não coloca a fasquia muito elevadas, mas espera que a política norte-americana em relação ao seu governo possa mudar com Trump na Casa Branca.
O líder do regime de Damasco, que conta com o apoio da Rússia, diz que vai “esperar para ver” como se vai comportar a administração Trump, que toma posse a 20 de Janeiro.
Durante a campanha eleitoral, Trump questionou a competência dos rebeldes apoiados pelos EUA na luta contra o terrorismo e declarou que, apesar de não gostar do Presidente sírio, “Assad está a dar cabo” autoproclamado Estado Islâmico.
O Presidente sírio não quer tirar conclusões precipitadas e vai esperar para ver.
“Para nós ainda é incerto se Trump pode e vai estar à altura das suas promessas ou não. É por isso que somos muito cautelosos. Mas se Trump combater o terrorismo, claro que vamos ser um aliado, naturalmente com os russos e os iranianos”, disse Assad em entrevista à RTP.
O líder do regime de Damasco mostra-se disponível para cooperar com os EUA, mas Washington tem de deixar de apoiar os rebeldes moderados que o querem derrubar, sublinha.
As declarações do Presidente sírio são conhecidas um dia depois de Donald Trump e o Presidente russo terem conversado pelo telefone.
Segundo revelou o Kremlin, prometeram uma "cooperação construtiva", incluindo em matérias de terrorismo.