O Presidente da República disse esta quinta-feira que ainda não fez uma “leitura específica” das medidas apresentadas pelo Governo para apoiar as empresas, mas lembrou que tudo deve ser sempre “reajustado e revisto” em função “da evolução das circunstâncias”.
“A leitura que se esperava, depois do primeiro pacote, que houvesse o segundo pacote, tudo sempre a ter de ser reajustado e revisto em função da evolução das circunstâncias”, realçou Marcelo Rebelo de Sousa em declarações aos jornalistas em Luanda, onde se deslocou para a cerimónia de investidura do Presidente da República de Angola reeleito, João Lourenço.
Marcelo explicou que ainda não fez uma “leitura específica” porque tem à sua espera, quando regressar a Lisboa, vários diplomas para analisar, como o da saúde ou sobre as ajudas às pessoas e empresas, todos “para ponderar com alguma urgência”.
O chefe de Estado lembrou ainda que o Governo vai apresentar brevemente as suas perspetivas para o próximo ano, ou seja, "o que é que prevê, tanto quanto é possível prever, de crescimento, de inflação, de défice ou de emprego”.
“Tudo isso [é] naturalmente, muito, muito importante. E desde já avançar com medidas, uma parte delas, provavelmente antes do Orçamento [de Estado] para 2023, para correrem pelo orçamento de 2022, que tem uma folga, apesar de tudo razoável, e outras para o ano que vem", analisou Marcelo Rebelo de Sousa.
O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, anunciou esta quinta-feira um pacote de medidas de mais de 1.400 milhões de euros para apoiar as empresas face ao aumento de custos com a energia, incluindo uma linha de crédito.
Em conferência de imprensa hoje, o governante deu conta de várias medidas, desde uma linha de crédito de 600 milhões de euros, o alargamento de apoios a indústrias de consumo intensivo de gás, apoios à formação, medidas de aceleração da eficiência e transição energética, fiscais, entre outras.
As medidas ultrapassam assim os 1.400 milhões de euros, de acordo com António Costa Silva.