Francisco dedicou a sua catequese, desta quarta-feira, à recente viagem ao Cazaquistão, aproveitando para sublinhar importância de colocar as religiões ao serviço da construção de um mundo, onde prevalece a escuta e o respeito pela diversidade.
O Papa destacou a vocação daquele país a ser um defensor da paz e da fraternidade no mundo e sublinhou as escolhas positivas feitas, como a recusa das armas nucleares.
"A principal razão da viagem foi a participação no Congresso dos Líderes das religiões mundiais e tradicionais. Esta iniciativa realiza-se há 20 anos pelas Autoridades do país, que se apresenta ao mundo como lugar de encontro e de diálogo, neste caso a nível religioso e, portanto, como protagonista na promoção da paz e da fraternidade humana", frisou o Papa, destacando a importância de "colocar as religiões no centro do compromisso para a construção de um mundo onde nos escutamos e nos respeitamos na diversidade. Isso não é relativismo, não. É escutar e respeitar."
O Papa recordou que o congresso debateu e aprovou a Declaração final, que se põe em continuidade com a que foi assinada em Abu Dhabi, em fevereiro de 2019, sobre a fraternidade humana.
Além do Congresso, a viagem deu ao Papa a oportunidade de se encontrar com as autoridades do Cazaquistão e com a Igreja que vive naquela terra. "Depois de ter visitado o Senhor Presidente da República - a quem agradeço mais uma vez a gentileza - fomos à nova Sala de Concertos, onde pude falar com os Governantes, representantes da sociedade civil e o Corpo Diplomático", disse Francisco, acrescentando: “Sublinhei a vocação do Cazaquistão a ser País do encontro: com efeito, nele convivem cerca de cento e cinquenta grupos étnicos e falam-se mais de oitenta línguas. Esta vocação, que se deve às suas caraterísticas geográficas e à sua história foi acolhida e abraçada como um caminho, que merece ser encorajado e apoiado”.